sábado, 17 de dezembro de 2011

Carta ao Pai Natal

Carta ao Pai Natal

Amarante, 19 de Dezembro de 1993
        
         Querido Pai Natal, vou contar-lhe a minha história de vida.

Então é assim: a minha mãe não me teve por livre vontade, diz ela. Eu fui um acidente, com o qual ela não estava nada a contar. Na verdade, não havia planos para me terem.
            Eu fico triste por saber que fui um acidente, que nunca fui desejada por ninguém…
            Tenho apenas 8 anos, mas já sei muito da vida! O meu pai abandonou a minha mãe, quando eu tinha apenas 3 anos. Desde aí, a nossa vida tem-se complicado e muito. A minha mãe não tem muitas posses para nos dar presentes. Sim, porque eu tenho mais um irmão e o Jaime só sabe pedir coisas que custam um dinheirão! Assim, a minha mãe mão me dá uma boneca nem me dá aquilo que o meu irmão quer…
            E com isto tudo ainda não me apresentei… Que vergonha! Eu chamo-me Soraia, sou loira, de olhos azuis, cabelo aos caracóis e ando sempre com um sorriso na cara!
            Eu queria apenas que o meu pai me viesse visitar neste Natal. Tenho tantas, mas tantas saudades dele! Tenho saudades dos abraços e dos beijinhos que ele me dava, dos carinhos que ele não me dava como um pai normal. Tenho saudades do sorriso dele, do olhar meigo com que ele me olhava, … Enfim, tenho saudades dele! Eu só queria isto! Quero vê-lo, quero senti-lo, quero enchê-lo de beijinhos e de carinhos, de abraços, agarrá-lo e nunca mais o deixar ir embora…
            Querido Pai Natal, é tudo o que lhe peço, traga o meu pai de volta…
 
            
Muitos beijinhos,
                                                                                                                                  Soraia Pacheco

   Maria, a menina adotada!!!

Era uma vez uma menina chamada Maria que vivia num orfanato melancólico, onde a alegria não entrava.
   Maria vivia constantemente triste, pois fora abandonada à porta daquele lúgubre orfanato pelos seus progenitores. Era ainda muito pequena, quando seus pais, sem condições nenhumas para a sustentar, tomaram aquela decisão. Nunca mais quiseram saber de Maria.
   Maria vivia com o sonho de os conhecer e de poder, passar o Natal com eles, pois para ela o Natal era sinónimo de família, união, carinho e esperança (sentimentos que nunca tinha sentido naquele orfanato).
   Por altura do Natal, um casal, Rita e Tiago, sentiam o coração apertadinho. Por problemas de saúde de Rita, era-lhes impossível conceber um filho.
   Rita e Tiago sonhavam, desde então, em adotar uma menina. Procuraram em vários orfanatos, mas em nenhum encontraram alguém tão simples, tão triste e a necessitar de uma família como aquela jovem menina.
   Ao visitarem aquele orfanato onde vivia Maria, sentiram que era aquela a filha que sempre desejaram.
   Trataram logo dos papéis para a adoção e, em poucas semanas, Maria estava oficialmente entregue àquela família.
   Maria sentia-se no auge da sua vida! Ainda por cima o Natal estava a dois dias de se realizar!  Maria sentia que o seu sonho estava prestes a realizar-se.
   Em casa de Rita e Tiago preparava-se tudo para que fosse uma noite mágica para Maria. Compraram prendas, doces e todos os enfeites natalícios.
   Eis que chega a véspera de Natal! Maria estava ansiosa, pois era aquele o grande dia.
   Ao cair da noite, toda a família se reuniu numa mesa, para festejarem o nascimento de Jesus e a vinda de Maria.
   Foi uma noite de muitas emoções! O sonho de Maria havia-se realizado. Era o dia mais feliz da sua vida. Sentia-se mesmo como uma filha de Rita e Tiago.


Diana, 7ºA

Os crescidos dizem que...

Os crescidos dizem
que o Pai Natal não existe,
mas eu não acredito neles.
Então se o Pai Natal não existe,
quem é que traz os presentes todos os anos?

Os crescidos dizem
que ninguém consegue
descer pela chaminé,
sobretudo com um saco tão grande,
porém eu sei que é possível!
O mais difícil é subir ...

Os crescidos dizem
que o Pai Natal não tem tempo
para ler todas as cartas dos meninos.
Dizem que são tantas,
que nem se consegue contá-las,
no entanto eu sei que ele as lê,
porque nunca
se engana nos presentes.

Os crescidos dizem que
o Pai Natal não pode
estar em todas
as lojas ao mesmo tempo,
todavia eu acho que isso é um disparate,
porque toda a gente sabe
que os Pais
Natais das lojas são de fingir!

Os crescidos dizem que,
nos países quentes,  
o Pai Natal teria desmasiado calor
com o seu casaco vermelho,
contudo eu acho que eles não têm razão,
porque à noite , no céu,
faz sempre um bocadinho de frio.

Os crescidos dizem
que só os meninos pequeninos
acreditam no Pai Natal,
mas eu sei que eles estão enganados!

Se o Pai Natal não existe,
por que razão
estão sempre a falar dele?

Marlene Silva, 7ºA
Conto de Natal - A menina adotada

    Era uma vez um casal que sonhava em ter filhos, mas não conseguia. Eles desejavam ter um filho para, no dia de Natal,  lhe darem uma seia de Natal e muitos presentes .
     Chegou o dia de Natal e nevava muito. Estava um frio desgraçado e o casal esperava que o seu sonho fosse realizado.

    De repente, passou uma menina descalça, na neve fria, e sem roupa ou quase nenhuma. Eles, quando a viram, ficaram estupefactos. Como era possível que uma menina, no dia de Natal, estivesse assim abandonada à neve e ao frio?
   A primeira reação do casal foi pegar na menina e levá-la para dentro de casa. Agasalharam-na e deram-lhe de comer. Quando a menina ficou mais calma, eles perguntaram-lhe:

   -Como te chamas?
   -Ana Isabel! – respondeu ela.

   Eles continuaram o diálogo com a Ana e, a dada altura, eles decidiram adotar a menina. Ela, como é claro, aceitou ficar com eles. Estavam todos contentes, porque eram uma família. O casal concretizou o seu sonho e a criança ganhou uns pais que a amam e que lhe dão todo o afeto. Eles festejaram o Natal, fizeram a seia e a menina teve direito a muitos presentes. No Natal seguinte, a menina, com doze anos, já não gostava de brinquedos. Então a mãe e o pai ofereceram-lhe uma matrícula numa das melhores escolas de Paris. A menina ficou muito, muito contente. Ela sabia que ia aprender e por isso estava felicíssima  e os pais também.

    Nos Natais seguintes, foi sempre a mesma coisa: montar a árvore de Natal, comer a seia de Natal e receber muitos presentes. E assim constituíram uma família e viveram felizes para sempre.
Ana Amélia, 7ºA